segunda-feira, 30 de julho de 2012

PROMETEUS E CUMPRIU


Mesmo sem férias (há 6 anos) consegui um tempinho e fui ver o filme Prometeus, mas devido à falta de tempo só consegui postar agora. (já fazia tempo que não ia ao cinema) Pois bem, muitos criticaram o filme, principalmente a falta de respostas ou o amontoado de perguntas não respondidas.

Confesso, eu gostei muito, penso que são exatamente essas perguntas que nos levam a reflexões mais subjetivas e necessárias. Estou cansado de filmes que são um pacote pronto, que vem todo mastigado só no ponto de se engolir.
Prometeus  é o prelúdio de Alien - O Oitavo Passageiro, que conta a história de uma expedição espacial a bordo da nave que dá nome ao filme, marca o retorno de Ridley Scott à franquia e ao gênero da ficção científica depois de 30 anos.
Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Perguntas que sempre assolaram a humanidade e que respostas só são possíveis através da fé. A ciência tentou, mas até hoje não conseguiu uma fórmula perfeita para comprovar qualquer teoria. E é em busca dessa prova que os cientistas Elizabeth Shaw e Charlie Holloway convencem uma companhia a investir em uma viagem intergaláctica.
È claro que senti falta da Ellen Ripley interpretada por Sigourney Weaver (que segundo o cânone nasceu na Lua terrestre em 2092, um ano antes da chegada da nave Prometheus à lua LV-223 nos confins do universo). Agora as protagonistas são a cientista Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e a executiva Meredith Vickers (Charlize Theron). A primeira acredita que a humanidade veio de alienígenas e quer conhecê-los, já Meredith busca resultados mais práticos na viagem que a empresa dela, a Weyland, financia com base nos estudos de Elizabeth.

Eu sempre fui um apaixonado pelos filmes do Ridley Scott, Blade Runner, por exemplo é poético, você assiste cem vezes e sempre descobre coisas novas. Não podemos esquecer a critica ao capitalismo selvagem em que as mega corporações buscam o lucro a qualquer custo.

Dentre as tantas perguntas do filme destaco, claro, aquela feita pelo escritor Erich von Däniken no livro de 1968 Eram os Deuses Astronautas?, que Scott diz homenagear com o filme. E tem a própria explicação do nome do filme, justificando que Prometheus queria dividir os conhecimentos dos deuses com os homens, é um ponto de partida interessante.
A minha expectativa era ver o nascimento do alien, eu pensava, será que o Scott vai superar a famosa cena no alien arrebentado o peito do tripulante que marcou o 8º Passageiro? Não sei se superou, mas a cena foi espetacular, claustrofóbica, um movimento de câmera perfeito, valeu o ingresso.

Achei um excelente filme de ficção científica que questiona valores e discute a sociedade em que vivemos com ares futuristas. Parece que estávamos carentes de filosofias e tramas mais embasadas em uma época em que o visual e os efeitos dominam as telas de cinema em roteiros rasos. 

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