terça-feira, 29 de maio de 2012

OS VINGADORES: PARA NOSSA ALEGRIA!(TRINTÕES)

É o seguinte, como já informei antes, nesse blog eu comento basicamente sobre Educação, Política e Cinema (e outras coisas também). Então vamos falar um pouco do arrasa-quarteirões, OS VINGADORES. Eu vou logo avisando que gostei demais do filme. Ele foi feito para pessoas como eu que curtiram a década de 80, (trintões).

Durante minha adolescência, nos anos oitenta, como não havia Facebook, Twitter ou PS3, eu passei por essa década lendo histórias em quadrinhos de super-heróis. As revistas não só incentivavam a minha leitura, mas também alimentavam minha imaginação. Sendo assim, Os Vingadores é meio que um sonho de fã realizado.
Foi uma batalha para ver o filme, filas e mais filas, na primeira vez que consegui entrar no cinema não pude me concentrar, porque fiquei acidentalmente no meio de um magote de emos, que a todo instante disparavam flashes, falavam ao celular e davam dicas de como fazer chapinha no cabelo para que ficasse em pé. Tive que ver de novo! Que bom, valeu, emos!

A Marvel já vinha trabalhando nessa obra há tempos, desde que assumiu a produção de seus próprios filmes em 2008. Sem ter mais os direitos sobre os personagens-top da editora, como “Homem-Aranha” (Sony), “Quarteto Fantástico” e “X-Men” (Fox), o estúdio resolveu investir na adaptação de histórias individuais de cada um dos integrantes da superequipe. “Homem de Ferro”, “O Incrível Hulk”, “Thor”, “Capitão América”, cada um destes longas-metragens ajudou na construção da equipe Vingadores.

Confesso que fiquei receoso ao ir assistir aos Vingadores. Pensava: “Como esse diretor vai reunir tantos egos, tantas estrelas? Hummm.... Sei não!” Mas eu me enganei, o que vemos é uma obra com seis super-heróis, três importantes agentes, um vilão e um exército de alienígenas muito bem trabalhados e relacionados, em apenas duas horas e dez minutos de filme. 

Embora o Homem de Ferro tenha um pequeno índice de maior aparição, todos os outros Vingadores possuem espaço suficiente para mostrar o que sabem fazer em batalha.





O filme é muito bem planejado, não é à toa que o primeiro “atentado” é realizado na Alemanha e o Capitão América não perde a referência a outro certo “ditador local”. A história frisa muito a questão de armas exóticas e bombas nucleares para combater o “desconhecido”. Mas o principal mérito do filme é o diretor Joss Whedon conseguir reunir de maneira uniforme tantos personagens, de modo que todos tenham sua devida importância e tempo.

Até mesmo a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, os menos badalados da turma, têm muitos momentos de destaque.
Quem conhece os quadrinhos sabe que a relação inicial entre os Vingadores nunca foi fácil, e isso é levado para o filme brilhantemente: O Thor desce o cacete no Homem de Ferro, que é ajudado pelo Capitão América (sim, os três), Hulk quebra o maior pau com o Thor, enfim.

Tony Stark, alter ego do Homem de Ferro, é quem consegue sempre roubar a cena, seja com suas frases de efeito e ironia refinada, seja com a brilhante interpretação de Robert Downey Jr. Outro destaque é o Dr. Bruce Banner, quando transformado no Hulk, responsável por grandes momentos de ação (incluindo uma impagável cena com o vilão Loki: “DEUS FRACO!”). Sem falar no diálogo entre Tony Stark, sem armadura, e o vilão Loki.

Os Vingadores é aquele filme de alta temporada que deve agradar em cheio aqueles que apreciam o estilo. Já os nerds assumidos se sentirão diante da realização de um sonho, algo inimaginável até anos atrás. Diversos diálogos e outras referências trazidas direto das HQs, ou até golpes conhecidos dos games estão lá, para o deleite completo.

Agora vou explicar o porquê de o “para nossa alegria” do título deste post: é que nós trintões fãs de HQs estamos representados, melhor dizendo, somos levados para dentro da telona através do simpático Agente Coulson, alguém que ainda acredita em heroísmo em um mundo de caos e um apreciador que não esconde a emoção de estar perto dos ídolos.

Os Vingadores é empolgante do princípio ao fim (e na cena pós-créditos!), que em momento algum menospreza a inteligência do espectador e corresponde a toda expectativa gerada. Sem dúvida, um dos melhores filmes de super-heróis já realizado. (esse também foi muito bom)

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